Castanea sativa Miller

CASTANHEIRO

 

Família: Fagaceae

 

Outros nomes vulgares: castanheiro-vulgar, castanheiro-comum, reboleiro.

 

Características gerais: Árvore com uma altura até 30 m, com um tronco muito grosso, que fica oco quando a árvore envelhece, às vezes reduzido por cultivo de uma cepa com renovos mais ou menos jovens. Cortiça lisa, acinzentada ou parda até aos 15/20 anos, depois castanho-escura e com gretas longitudinais. Ramos nús e castanho-avermelhados. Folhas oblongas-lanceoladas, agudas ou acuminadas, largamente crenado-dentadas ou dentadas, com dentes cuspidado-aristados, de quase cordadas a praticamente truncadas na base, verde-acinzentadas enquanto jovens, depois verdes e um pouco pálidas. Amentos masculinos verdes quando jovens e amarelos na floração. Cúpulas com 10 cm de diâmetro, verdes, algo acastanhadas, com espinhos largos e fasciculados. Os frutos são aquénios castanhos e brilhantes, um pouco atenuados e agudos no ápice – as castanhas.

 

Floração: Junho a Setembro.

 

Habitat: Cultivadas em matas ou árvores isoladas, nas regiões montanhosas ou frescas, não calcárias; actualmente a desaparecer em certas zonas devido à doença da tinta.

 

Distribuição: Aparece em quase todas as regiões do país, com excepção do Ribatejo.

 

Propriedades medicinais: A cortiça e as folhas, mas estas em menor proporção, são adstringentes, dado o seu conteúdo em taninos. Foram também recomendadas contra a desinteria e a diarreia. As suas folhas, previamente cozidas, utilizavam-se para o tratamento da tosse e das inflamações da garganta.

 

Observações: No norte da Península Ibérica a castanha foi, durante muito tempo, a principal fonte de hidratos de carbono na alimentação humana.