Alnus glutinosa (L.) Gaertn.

AMIEIRO

Família Betulaceae

Outros Nomes Vulgares: amieiro-vulgar, alno.

Características Gerais:  Árvore caducifólia até 25 m de altura, monóica. Tronco direito com casca gretada, de cor acinzentada e raiz com nódulos de onde partem ramificações secundárias. As folhas são alternas, escuras na página superior, claras na inferior, dentadas, arredondadas, chanfradas no vértice e pecioladas. As inflorescências encontram-se dispostas em amentos, as masculinas em amentilhos pedunculados, de 6 a 8 cm, pendentes, caducos, com brácteas macias, as femininas ovóides, em forma de pinha, de 1 a 2 cm, com 2 flores em cada bráctea. As flores são esverdeadas ou avermelhadas. O amentilho frutífero possui escamas persistentes, com aspecto de uma pequena pinha ovóide, entreaberta na maturação para disseminação. Os frutos são pequenos, achatados, monospérmicos, castanho-avermelhado, com asa curta e coriácea. Esta árvore possui um cheiro agradável e sabor acre.

Floração: De Fevereiro a Março.

 

Frutificação: De Setembro a Outubro.

 

Habitat: Planta ripícola, localiza-se preferencialmente nas margens dos cursos de água. Também em bosques húmidos. Suporta bem o frio e o calor.

 

Distribuição: Árvore espontânea em Portugal, por todo o território.

 

Propriedades Medicinais: Poderoso adstringente e vulnerário. As folhas de amieiro são vulgarmente utilizadas por montanhistas, espalmadas dentro das peúgas, com a face superior em contacto com a palma dos pés, para aliviar o cansaço e evitar escoriações.

Aplicações: A madeira do amieiro é utilizada no fabrico de móveis, tamancos e diversos utensílios domésticos.

 

Curiosidades: O amieiro pertence à mesma família da bétula e da aveleira. São árvores monóicas, onde na mesma planta existem flores masculinas e femininas. Os amieiros autóctones formam simbioses com certas bactérias, através das nodosidades das raízes, possibilitando à árvore a fixação directa de azoto atmosférico. À associação de amieiros dá-se o nome de ameal.