Relações dos Poliquetas vs outros animais |
Espécies de poliquetas são utilizadas como alimento em pisciculturas e como isco para a pesca. Espécies dos géneros Nereis (serradela), Nephtys, Ophelia, Glycera bem como as espécies Sabellaria alveolata e Diopatra neapolitana (casulo), são as mais exploradas em Portugal. Uma estimativa relativa à captura de casulo (Diopatra neapolitana) na ria de Aveiro, canal de Mira, no período de Maio 2001 a Abril 2002 indica que, anualmente, são retirados destes bancos intertidais cerca de 45 toneladas, correspondendo a 4.364.620 indivíduos e envolvendo cerca de 330.000 euros resultantes da sua venda. Em Portugal, a apanha destas espécies tem uma regulamentação e uma fiscalização muito escassa. Esta é uma situação que é urgente modificar de modo a evitar o desaparecimento das espécies e a diminuição da riqueza dos ecossistemas. A apanha revolve todo o sedimento, destruindo as espécies de invertebrados aí existentes, e cria instabilidade no sedimento não propiciando condições para o estabelecimento e desenvolvimento dos animais. Imagens como a apresentada são comuns na Ria de Aveiro e em geral em todos os ecossistemas estuarinos. Os poliquetas fazem parte da dieta alimentar de muitas espécies, algumas directamente exploradas pelo Homem. Têm como maiores predadores os peixes e as aves, estas sobretudo para as espécies que habitam a zona intertidal. Várias espécies de poliquetas estabelecem relações de comensalismo ou de parasitismo com outras espécies, umas vezes como hóspede, outras como hospedeiro. |